Refit, que deve R$ 10 bilhões ao RJ, ganhou incentivo fiscal do governo Cláudio Castro Apesar de ser uma empresa que deve mais de R$ 10 bilhões em impostos ao estado do Rio de Janeiro, a Refit, antiga refinaria de Manguinhos, ganhou do governo Cláudio Castro, em 2023, um incentivo fiscal para ampliar seu mercado no setor de óleo diesel. O grupo que atua no setor de combustíveis foi alvo no final de novembro de operação contra esquema bilionário de sonegação de impostos. Investigação aponta que Grupo Refit sonega de maneira recorrente e intencional e tem R$ 26 bilhões em impostos atrasados Jornal Nacional/ Reprodução Quando deu privilégio para a empresa, o governo Castro já se encontrava no regime de recuperação fiscal, ou seja, precisando arrecadar. O estado continuou perdendo dinheiro com o não pagamento de impostos da Refit, mas a empresa não tem do que reclamar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em 2023, ela vendeu 341 milhões de litros de óleo diesel. No ano seguinte ao benefício, o número pulou para 984 milhões de litros/ano e em 2025, até a data da interdição da refinaria, a empresa já tinha vendido 1,2 bilhão de litros. Saiba mais: Esquema de corrupção da Refit era anotado em janela de vidro; veja fotos O benefício foi dado através da Comissão Técnica Permanente do ICMS, por indicação do governo estadual, no dia 28 de abril de 2023. Ele permitia a Refit o regimento de diferimento, ou seja, postergava o pagamento de impostos. ANP interdita Refit, no Rio, por não haver evidências de que ela realmente refine combustível Reprodução/TV Globo O privilégio é dado para empresas de "boa fé", quando o estado tem certeza de que não vai levar um calote. Não era o caso da Refit, nacionalmente conhecida como "devedora contumaz" e cujo modelo de negócio é justamente não pagar impostos para vender seu produto mais barato que os concorrentes do mercado legal, que recolhem tributos. O governo do estado não quis comentar o assunto. Mesmo quando a refinaria foi fechada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e sofria uma devassa da Receita e da Polícia Federal, o procurador-geral de Justiça do Rio, Renan Michel Saad, se manifestou no processo demonstrando "preocupação com a interdição" de Maguinhos. Na petição, ele alega que o estado do Rio perderia recursos. Procurada, a Refit não quis se pronunciar.
Refit, que deve R$ 10 bilhões ao RJ, ganhou incentivo fiscal do governo Cláudio Castro
Guia Modelo Escrito em 05/12/2025
Refit, que deve R$ 10 bilhões ao RJ, ganhou incentivo fiscal do governo Cláudio Castro Apesar de ser uma empresa que deve mais de R$ 10 bilhões em impostos ao estado do Rio de Janeiro, a Refit, antiga refinaria de Manguinhos, ganhou do governo Cláudio Castro, em 2023, um incentivo fiscal para ampliar seu mercado no setor de óleo diesel. O grupo que atua no setor de combustíveis foi alvo no final de novembro de operação contra esquema bilionário de sonegação de impostos. Investigação aponta que Grupo Refit sonega de maneira recorrente e intencional e tem R$ 26 bilhões em impostos atrasados Jornal Nacional/ Reprodução Quando deu privilégio para a empresa, o governo Castro já se encontrava no regime de recuperação fiscal, ou seja, precisando arrecadar. O estado continuou perdendo dinheiro com o não pagamento de impostos da Refit, mas a empresa não tem do que reclamar. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Em 2023, ela vendeu 341 milhões de litros de óleo diesel. No ano seguinte ao benefício, o número pulou para 984 milhões de litros/ano e em 2025, até a data da interdição da refinaria, a empresa já tinha vendido 1,2 bilhão de litros. Saiba mais: Esquema de corrupção da Refit era anotado em janela de vidro; veja fotos O benefício foi dado através da Comissão Técnica Permanente do ICMS, por indicação do governo estadual, no dia 28 de abril de 2023. Ele permitia a Refit o regimento de diferimento, ou seja, postergava o pagamento de impostos. ANP interdita Refit, no Rio, por não haver evidências de que ela realmente refine combustível Reprodução/TV Globo O privilégio é dado para empresas de "boa fé", quando o estado tem certeza de que não vai levar um calote. Não era o caso da Refit, nacionalmente conhecida como "devedora contumaz" e cujo modelo de negócio é justamente não pagar impostos para vender seu produto mais barato que os concorrentes do mercado legal, que recolhem tributos. O governo do estado não quis comentar o assunto. Mesmo quando a refinaria foi fechada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e sofria uma devassa da Receita e da Polícia Federal, o procurador-geral de Justiça do Rio, Renan Michel Saad, se manifestou no processo demonstrando "preocupação com a interdição" de Maguinhos. Na petição, ele alega que o estado do Rio perderia recursos. Procurada, a Refit não quis se pronunciar.