Trump diz que suspensão das decisões de asilo nos EUA durará 'muito tempo'

Guia Modelo Escrito em 01/12/2025


Donald Trump desembarca em Maryland na noite de domingo (30) após retornar da Flórida. Anna Rose Layden/Reuters O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (30) que seu governo planeja manter suspensas as decisões sobre concessão de asilo por "muito tempo", após um cidadão afegão atacar dois guardas nacionais perto da Casa Branca, matando um deles. Ao ser questionado sobre quanto tempo duraria a pausa, Trump afirmou que não tinha "um limite de tempo" em mente para a medida, que segundo o Departamento de Segurança Nacional, está vinculada a uma lista de 19 países com restrições de viagem aos Estados Unidos. "Não queremos essas pessoas", declarou o republicano. "Sabem por que não as queremos? Porque muitos não foram bons e não deveriam estar em nosso país", acrescentou. O governo Trump congelou as decisões de asilo após o ataque a tiros em Washington em 26 de novembro, no qual Sarah Beckstrom, de 20 anos, morreu, e Andrew Wolfe, de 24, ficou gravemente ferido. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O autor dos disparos foi identificado pelas autoridades como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, que foi preso e enfrenta acusações de homicídio. Ele foi membro das "unidades zero" dos serviços afegãos, um grupo antiterrorista apoiado pela CIA para combater os talibãs. Entrou nos Estados Unidos como parte do programa de reassentamento após a retirada caótica das forças americanas do Afeganistão em 2021. Ao suspeito foi concedido asilo em abril de 2025, durante o governo Trump, mas, segundo os chefes do FBI, da CIA e do Departamento de Segurança Interna, Lakanwal chegou ao país sem supervisão adequada devido a políticas de asilo frouxas do governo de Joe Biden. Após o ataque armado, Trump escreveu que planejava "pausar permanentemente a migração de todos os países do terceiro mundo para permitir que o sistema americano se recupere completamente". Quando perguntado sobre quais nacionalidades seriam afetadas, o Departamento de Segurança Interna apontou à AFP uma lista de 19 países, incluindo Afeganistão, Cuba, Haiti, Irã e Mianmar, que já enfrentam restrições de viagem aos Estados Unidos desde junho.