Flávio diz que Bolsonaro teve nova crise de soluços durante a noite na PF O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (25) que pretende insistir para que o Congresso vote uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve a execução da pena no caso da trama golpista decretada nesta tarde. Flávio se refere ao projeto de lei (PL) da Anistia, agora chamado de PL da Dosimetria, proposta que altera regras de aplicação das penas, e que vinha sendo tratada como alternativa caso a anistia aos envolvidos nos atos golpistas não avançasse. "Estamos tratando disso há muito tempo [anistia] e, no nosso entendimento, não dá mais para esperar o plenário da Câmara e depois o plenário do Senado encararem de frente e, como funciona em uma democracia, a maioria vence. Eu não consigo entender porque fica interditado esse debate", disse. Em reunião nesta segunda-feira (24), deputados e senadores do PL reafirmaram que pretendem intensificar a atuação para votar o texto ainda neste ano. O movimento ocorre apesar de aliados afirmarem publicamente que a prioridade formal do partido segue sendo a anistia. O parlamentar foi questionado pela imprensa no Congresso após ser divulgada a decisão que decretou trânsito em julgado no caso da trama golpista — ou seja, que não cabem mais recursos das defesas dos réus. Entre eles, Jair Bolsonaro. ➡️Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado democrático de Direito. Flávio Bolsonaro visita o pai na sede da PF em Brasília, em 25 de novembro de 2025 Evaristo SA / AFP Mais cedo, Flávio fez uma visita ao pai na Superintendência da PF, e também conversou com a imprensa após o encontro. Ao sair do prédio, o senador afirmou que o pai continua indignado com a prisão, reforçou a tese de confusão mental em função da ingestão de medicamentos e acrescentou que o ex-presidente permanece soluçando. "É um cara de 70 anos de idade", destacou o senador. "Aqui ele fica sozinho na sala, a Michelle falou pra gente ontem, durante o nosso evento no PL, porque é ela que cuida dele de noite, quando ele tem uma crise de soluço — ele teve outra crise de soluço de ontem pra hoje". Segundo o filho do ex-presidente, a crise foi amenizada depois que um policial federal ofereceu o medicamento a ele. O senador também defendeu o retorno do pai à prisão domiciliar. Cumprimento da pena O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta terça-feira (25) o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista. Segundo a decisão de Moraes, o ex-presidente deverá permanecer na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde já está preso preventivamente desde o último sábado (22), para o cumprimento da pena. Na decisão desta terça (25), o ministro afirmou que a defesa do ex-presidente não apresentou novos embargos de declaração dentro do prazo estipulado, até essa segunda-feira (24), e que não existe "previsão legal" para a apresentação de outro recurso, inclusive embargos infringentes. O prazo para apresentar o segundo formato de recurso (embargos infringentes) terminaria apenas na próxima quarta-feira (3). No entanto, segundo o entendimento da Corte, ele só caberia se os réus tivessem recebido pelo menos dois votos pela absolvição. O que não aconteceu — apenas o ministro Luiz Fux votou para absolver o ex-presidente. Moraes reafirmou este ponto ao destacar "não existir previsão legal de qualquer outro recurso, inclusive de Embargos Infringentes, em virtude de sua manifesta inadmissibilidade, pois ausente o número necessário de votos absolutórios próprios."
Após Bolsonaro começar a cumprir pena, Flávio cobra votação de anistia: 'Temos os votos'
Guia Modelo Escrito em 25/11/2025
Flávio diz que Bolsonaro teve nova crise de soluços durante a noite na PF O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (25) que pretende insistir para que o Congresso vote uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve a execução da pena no caso da trama golpista decretada nesta tarde. Flávio se refere ao projeto de lei (PL) da Anistia, agora chamado de PL da Dosimetria, proposta que altera regras de aplicação das penas, e que vinha sendo tratada como alternativa caso a anistia aos envolvidos nos atos golpistas não avançasse. "Estamos tratando disso há muito tempo [anistia] e, no nosso entendimento, não dá mais para esperar o plenário da Câmara e depois o plenário do Senado encararem de frente e, como funciona em uma democracia, a maioria vence. Eu não consigo entender porque fica interditado esse debate", disse. Em reunião nesta segunda-feira (24), deputados e senadores do PL reafirmaram que pretendem intensificar a atuação para votar o texto ainda neste ano. O movimento ocorre apesar de aliados afirmarem publicamente que a prioridade formal do partido segue sendo a anistia. O parlamentar foi questionado pela imprensa no Congresso após ser divulgada a decisão que decretou trânsito em julgado no caso da trama golpista — ou seja, que não cabem mais recursos das defesas dos réus. Entre eles, Jair Bolsonaro. ➡️Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar uma organização criminosa que tentou impedir a posse do presidente Lula e subverter o Estado democrático de Direito. Flávio Bolsonaro visita o pai na sede da PF em Brasília, em 25 de novembro de 2025 Evaristo SA / AFP Mais cedo, Flávio fez uma visita ao pai na Superintendência da PF, e também conversou com a imprensa após o encontro. Ao sair do prédio, o senador afirmou que o pai continua indignado com a prisão, reforçou a tese de confusão mental em função da ingestão de medicamentos e acrescentou que o ex-presidente permanece soluçando. "É um cara de 70 anos de idade", destacou o senador. "Aqui ele fica sozinho na sala, a Michelle falou pra gente ontem, durante o nosso evento no PL, porque é ela que cuida dele de noite, quando ele tem uma crise de soluço — ele teve outra crise de soluço de ontem pra hoje". Segundo o filho do ex-presidente, a crise foi amenizada depois que um policial federal ofereceu o medicamento a ele. O senador também defendeu o retorno do pai à prisão domiciliar. Cumprimento da pena O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta terça-feira (25) o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista. Segundo a decisão de Moraes, o ex-presidente deverá permanecer na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde já está preso preventivamente desde o último sábado (22), para o cumprimento da pena. Na decisão desta terça (25), o ministro afirmou que a defesa do ex-presidente não apresentou novos embargos de declaração dentro do prazo estipulado, até essa segunda-feira (24), e que não existe "previsão legal" para a apresentação de outro recurso, inclusive embargos infringentes. O prazo para apresentar o segundo formato de recurso (embargos infringentes) terminaria apenas na próxima quarta-feira (3). No entanto, segundo o entendimento da Corte, ele só caberia se os réus tivessem recebido pelo menos dois votos pela absolvição. O que não aconteceu — apenas o ministro Luiz Fux votou para absolver o ex-presidente. Moraes reafirmou este ponto ao destacar "não existir previsão legal de qualquer outro recurso, inclusive de Embargos Infringentes, em virtude de sua manifesta inadmissibilidade, pois ausente o número necessário de votos absolutórios próprios."

